Introdução

A educação para o trânsito pode ser definida como uma ação para desenvolver no ser humano a capacidade de uso e participação consciente do espaço público, uma vez que ao circular os indivíduos estabelecem relações sociais, compartilham os espaços e fazem opções de circulação que interferem direta ou indiretamente na sua qualidade de vida e daqueles com quem convivem nesse espaço. Essa afirmação permite-nos refletir sobre a complexidade de conceitos e conteúdos que compõem o estudo da circulação e nos permite ainda afirmar que, fazer educação para o trânsito vai muito além do estudo das regras, símbolos e convenções estabelecidas no sistema de trânsito. Assim, fazer educação para o trânsito passa por discussões sobre: o exercício de cidadania; a mobilidade e acessibilidade para todos; os papéis assumidos ao circular; o compartilhamento do espaço; o meio ambiente e a história de cada local.

Bem vindos ao Blog do Trânsito

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Mudança de Cultura

No Brasil os acidentes de trânsito matam 35 mil pessoas por ano e chegam a custar R$ 30 bilhões para o governo. As informações foram divulgadas no seminário internacional de segurança no trânsito, o evento contou com a participação de autoridades francesas que mostraram políticas públicas implementadas em seu país para a redução dos acidentes.
A França já teve problemas com acidentes de trânsito e passou a adotar a questão como de saúde publica. Os principais inimigos eram a falta do uso do cinto de segurança, a alta velocidade e obviamente o consumo de álcool por motoristas, assim como no Brasil.
Para alterar a realidade francesa o maior desafio encontrado foi a mudança de cultura, e para isso foi necessário ter campanhas firmes e contínuas, e o apoio do governo foi fundamental para isso.
O governo francês instalou mais de 2 mil radares móveis e fixos nas rodovias do país, reforçou drasticamente a polícia para fiscalização e aperfeiçoou o sistema de multas, que chegam à casa do infrator em, no máximo, dez dias. Outra mudança importante foi a apreensão do veículo em caso de condução sem habilitação e reincidência de infração de velocidade acima do limite ou uso de álcool.
O Código Brasileiro é completo e atualizado, entretanto, a fiscalização e as questões jurídicas são precárias. O brasileiro ainda sente que não será penalizado caso não respeite o código de trânsito. E caso seja penalizado, ainda se sente como vítima, por exemplo, ao receber uma multa ou por ser autuados por alcoolismo. Existe uma cultura que precisa ser modificada e isso só acontecerá com muita fiscalização e investimento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário